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23.05.2025 04:57 PM
O mercado se aproxima de seu pico: aumento final ou nova retração?

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Os investidores estão percebendo, cada vez mais, rachaduras nos alicerces que os sustentam. A recente aprovação, nesta semana, de um pacote fiscal de grande escala pelo governo Trump — com promessas de cortes de impostos e aumento nos gastos militares — alimentou tanto o otimismo quanto o pessimismo nos mercados.

O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima o custo dessas medidas em US$ 4 trilhões, e isso não passou despercebido. A Moody's rebaixou a classificação de crédito dos EUA para Aa1. O mercado tem reagido de forma ambígua: embora o impulso do estímulo fiscal ainda sustente o apetite por risco, ele colide com preocupações crescentes em relação à dívida pública e aos riscos inflacionários.

Diante desse cenário, os investidores estão reestruturando seus portfólios. Setores considerados "defensivos" — como utilidades, saúde e energia — estão sob pressão, enquanto ações de tecnologia e consumo lideram os ganhos.

Essa rotação, rara nos últimos tempos, sinaliza que os grandes players do mercado estão apostando na continuidade do crescimento, mesmo diante das ameaças macroeconômicas. A grande dúvida é: quanto tempo essa frágil euforia pode durar?

No pré-mercado de sexta-feira, o S&P 500 era negociado a 5.839 pontos e o Nasdaq 100 a 21.120, ambos se aproximando de níveis técnicos críticos. O momento é decisivo: os touros conseguirão romper e estender a alta, ou esse será o último suspiro antes de uma correção?

Quadro técnico

No início da semana, o S&P 500 testou a zona de demanda de 5.827-5.849 e se recuperou para 5.900-5.930. Por duas vezes, tocou o nível de suporte de 5.870, que agora atua como uma barreira importante para os ursos.

Na quinta-feira, uma investida de baixa ultrapassou o nível de 5.870, mas não conseguiu ficar abaixo dele, voltando para 5.904. Agora, com o índice pairando logo abaixo de 5.840, ele está novamente em uma corda bamba. Se cair abaixo de 5.827, abrirá o caminho para a zona de 5.785-5.760, que é o suporte de médio prazo.

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Entretanto, se os compradores conseguirem levar o preço novamente acima de 5.870 e superar a resistência em 5.904, é provável que vejamos um avanço rumo a 5.950, com potencial para um impulso adicional até 6.000.

O Nasdaq 100 está se movimentando em sintonia com o S&P 500. No início desta semana, houve um salto acentuado de 20.500 para a faixa de 21.100 a 21.200. O nível de 21.169 tornou-se um ponto técnico crucial, atuando tanto como resistência quanto como zona de gatilho para falsos rompimentos.

Atualmente, o índice está em 21.120, sinalizando que os touros estão tentando retomar o controle. Um movimento acima da faixa de 21.315 a 21.364 provavelmente desencadearia um teste da região de 21.500 ou até níveis superiores. Por outro lado, uma queda abaixo de 21.000 aumentaria as chances de um recuo até 20.820, com possibilidade de extensão para 20.650.


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O que esperar na próxima semana

O mercado chega a uma encruzilhada. Do ponto de vista técnico, o mercado está pronto para continuar sua trajetória de alta — mas precisa de um catalisador. Esse impulso pode vir de dados robustos de inflação ou PIB, ou até mesmo da simples ausência de notícias negativas.

No entanto, os fundamentos gritam mais alto: imprudência fiscal, tensões no mercado de crédito e um recente rebaixamento da nota de crédito não são meros ruídos. Esses fatores compõem um cenário carregado, no qual qualquer decepção pode acionar uma onda de realização de lucros.

A próxima semana será decisiva. As posições devem ser administradas com stop-loss ajustados e cautela redobrada. A era do "comprar e manter" dá lugar a um ambiente marcado por entradas táticas e reações rápidas.

Catalisadores para os próximos dias: taxas, inflação e resultados em foco

  • Dados macroeconômicos dos EUA: inflação e PIBNa terça e sexta-feira, serão publicados a inflação PCE e os dados revisados do PIB do primeiro trimestre. Se a inflação voltar a subir, o mercado poderá começar a reavaliar a probabilidade de um corte na taxa de juros federal. Da mesma forma, uma revisão para baixo do PIB pressionaria o dólar, mas poderia apoiar as ações de crescimento.
  • Oradores do Fed: pausa com prazo indefinido?O Federal Reserve está em compasso de espera — mas até quando? Qualquer mudança no tom da atual mensagem de que "ainda é cedo para cortar" pode abalar os mercados. Um sinal mais hawkish pode levar a uma realização de lucros especialmente na Nasdaq, enquanto uma postura mais dovish poderia impulsionar uma nova onda de alta.
  • Perspectiva fiscal: reação ao pacote orçamentário de Trump. O mercado ainda está absorvendo os impactos da nova lei de cortes de impostos e aumento de gastos. Os rendimentos dos títulos seguem em alta, mas o dólar não reagiu na mesma medida. Isso pode mudar caso o Tesouro intensifique a emissão de dívida ou se a Moody's mantiver a pressão sobre os ativos soberanos dos EUA.
  • Temporada de balanços: tecnologia e varejo no radar Embora o ápice da temporada de resultados já tenha passado, nomes relevantes como Salesforce, HP e Best Buy divulgam seus números na próxima semana. O setor de varejo estará sob os holofotes: como estão se comportando as margens e a demanda em um ambiente de juros elevados e confiança do consumidor em baixa?
  • Geopolítica e petróleo: foco no Oriente Médio Qualquer escalada nas tensões no Oriente Médio — especialmente envolvendo o Irã ou ameaças às rotas marítimas de petróleo — pode elevar rapidamente a volatilidade, refletida nos preços do petróleo e do ouro. Por outro lado, uma queda acentuada nos preços do petróleo poderia pressionar negativamente as empresas de energia listadas no S&P 500.

A próxima semana é uma mistura de lançamentos macroeconômicos, comentários do Fed e consequências do plano orçamentário. O mercado não está procurando uma desculpa para cair, mas, se surgir uma, a liquidez poderá desaparecer rapidamente. Qualquer notícia pode puxar o gatilho. Agora é o momento de agir seletivamente.

Natalya Andreeva,
Analytical expert of InstaTrade
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