O ouro tenta se manter acima da média móvel simples (SMA) de 50 períodos, mas o otimismo gerado pela trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China — as duas maiores economias do mundo — não foi suficiente para sustentar os preços do metal.

O avanço nas negociações comerciais está reduzindo os riscos econômicos globais, o que, por sua vez, enfraquece a demanda pelo ouro como ativo de proteção. Nem mesmo a recente queda acentuada nos mercados acionários — reflexo de uma mudança no apetite global por risco — ofereceu suporte significativo ao metal, tradicionalmente visto como refúgio em tempos de incerteza.

Com o alívio nos temores de recessão nos EUA, diminuíram as expectativas de cortes agressivos na taxa de juros, o que mantém o ouro próximo das mínimas recentes. Diante desse cenário, recomenda-se cautela: é prudente aguardar sinais mais claros de reversão antes de considerar novas posições compradas.

Perspectiva técnica

Do ponto de vista técnico, a quebra de ontem abaixo do nível psicológico de US$ 3.200 e a queda subsequente podem funcionar como um novo gatilho para o sentimento de baixa. Além disso, os osciladores no gráfico diário começam agora a entrar em território negativo, sinalizando a possibilidade de uma continuação do movimento descendente rumo ao próximo suporte-chave, situado em torno de US$ 3.100.

Por outro lado, qualquer tentativa de recuperação acima da região de US$ 3.170 provavelmente enfrentará forte resistência na área de US$ 3.200. Novos avanços devem ser avaliados com cautela, pois podem representar oportunidades de venda, com o impulso tendendo a perder força na região de US$ 3.230. Esse nível é considerado crítico — um rompimento sustentado acima dele pode desencadear uma onda de cobertura de posições vendidas, impulsionando os preços em direção à próxima resistência em US$ 3.265 e, potencialmente, ao patamar psicológico de US$ 3.300.